quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Qual é o meu lugar?

Onde eu pertenço? Não pertenço aqui. Não pertenço lá. Não pertenço a lugar nenhum. Tentei me reinventar, mas não consegui. Aqui não há espaço pra mim. Lá meu espaço acabou. Sozinha, tento buscar um caminho, uma direção. Mas agora parece tudo tão perdido. Sou a bussola que aponta para o norte, mas não porque lá é o lugar que ela quer chegar. Aponto para o norte porque me ensinaram seguir em frente. E é isso que estou tentando fazer.

domingo, 11 de novembro de 2012

Resistência.

Em meio as traições, whisky barato, festas insanas e drogas, lá estavam eles. Procurando algum lugar cabível para se amar. Barraca, banheiro, carro, cozinha, sofá, beco, escada, muro. E gastando toda sua juventude em cigarro forte, bebida quente e sexo fácil. Sabiam que se amavam. Sabiam que amavam a vida. Sabiam que queriam histórias. Foram então inventá-las! Não queriam o clichê. Queriam algo ousado e novo. Queriam algo da geração de agora. Porque história de amor colegial, já estava fora de uso. O suicídio inconsciente é quase moda. Se tornaram então suicidas. Amigos? Beijaram todos. Confiança? Quebraram toda. Verdade? Omitiram todas. Falsidade? Falaram todas. Drogas? Consumiram todas. Meninas? Comeram todas. Meninos? Deram para todos. E o que sobrou? Quase lá no fundo, restou um amor. Um amor mutilado. Caindo aos pedaços. Mas era um amor. E decidiram consertar. Se deu certo? Não sei, eles ainda estão tentando. E se quebrar de novo? Compra um Super Bonder mais resistente! Porque nunca vai deixar de ser amor, mesmo espedaçado. E por ser amor de verdade vale a pena colar, porque por aí não se encontra mais amor verdadeiro! Era de edição limitada. Então tenta encontrar um jeito de manter inteiro mesmo que remendado. Porque outro desse, não acha. Amor que sobreviva a geração de hoje? Difícil. Abre um whisky, acende um cigarro e trabalha em cima disso!