terça-feira, 5 de agosto de 2014

Loucura.

A loucura que mora em mim, é tão imprudente a ponto de nem sequer ouvir um suspiro de descontentamento da razão. Dizem por ai quem a loucura vem de quem ama, ou o amor vem da loucura. Não sei muito bem dessas coisas, ainda não tive ócio o suficiente para refletir sobre isso. Só sei que se não sou muito burra, sou muito louca. Se a pessoa te desse todos os motivos do mundo para desconfiar dela, você confiaria depois de um pedido silencioso de desculpas? Você confiaria depois de um olhar que parece ser arrependimento? Você confiaria depois de meias palavras de possível amor? Pessoas racionais não, pessoas como eu sim. Eu não sei se confio por medo de perder, mas acho que não é o caso, já que confio cegamente. Quem confia, confia e pronto. Confiar desconfiando não existe, já que uma palavra anula a outra. Opostos, são oposto. Confio, confio e sim, confio. Talvez a minha razão foi tão desprezada que preferiu ficar em silêncio, só observando a loucura me derrubar. Ou, talvez, a razão pensou que era melhor dar mais uma chance para o amor que vem da loucura. Porém isso não seria racional, seria? Melhor a razão dar um grito, bater o martelo e por esse tribunal em ordem. Mas de uma coisa eu sei: mesmo essas escolhas sendo bobas, irracionais ou loucas, são as que me fazem mais feliz. E já que felicidade vem e volta, nunca fica o tempo todo, eu escolho ser feliz agora. Depois? Depois é outra história que talvez caiba em um verso ou em um livro, mas o depois eu deixo para amanhã.