quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Lado a lado

Adolescência complicada, cheia de vícios e desejos inconsequentes. Queríamos ser vistos, notados, amados. Não sabíamos que o amor não é encontrado dessa forma. O drama era a melhor parte da nossa novela mexicana com pouco investimento. Um roteiro porco, queimado com cigarro. Idas e vindas, umas mais longes outras tão perto. Um namoro fragmentado, espedaçado, estilhaçado. Quantas braçadas contra a correnteza? Quanta dificuldade para colocar o trem nos trilhos? Era como ir ao encontro de um vulcão em erupção ao invés de fugir. O bom do calor é que nos faz derreter.
Acho engraçado quando ouço dizerem por aí que queriam um relacionamento igual o nosso é hoje. Cumplicidade, parceria, amor, amizade, atração, tesão, felicidade. Conseguimos, afinal, ter um romance clichê. O que ninguém vê é o que atravessamos. Aprendemos a lidar com nossas diferenças, delimitamos o perímetro em que podemos andar, deixamos alguns vícios para trás. Fizemos uma faxina em nossas vidas. Colocamos as coisas nos seus devidos lugares. Se me perguntarem onde eu gostaria de estar agora eu, com certeza, diria que em qualquer lugar com você. Aprendemos que o equilíbrio do nosso relacionamento está em ter empatia. Não é mais um jogo e quando deixa ser não há mais um vencedor. Somos iguais e caminhamos lado a lado. É isso que nos faz amar a história que estamos construindo hoje, sem esquecer o quanto foi bom ter vivido Skins.

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